Caros amigos, no dia 16 de abril, celebramos o Dia Mundial da Voz, data que foi incluída no calendário de eventos do Distrito Federal, por intermédio da Lei n° 5.063/2013, de minha autoria. A data é de extrema importância, pois representa uma oportunidade única de disseminar conhecimento, orientar a população e promover ações para a saúde da voz.
A voz é um instrumento que tem características pessoais de indivíduo para indivíduo, reforçando a nossa identidade e comunicação.
Assim como coloca Pedro Bloch, a voz é a impressão digital do indivíduo, pois revela aspectos culturais, sociais e emocionais de cada um. Nenhuma voz é igual à outra. Ela é peculiar ao ser humano e varia de acordo com o sexo, a idade, a profissão, a personalidade e o estado emocional do falante, sua representação social, a intenção com a qual é utilizada e o tipo de interlocutor.
A importância da voz e da comunicação humana é inquestionável. Há um aumento progressivo dos profissionais que dependem da voz como um instrumento de trabalho. Para eles, ter uma voz saudável possibilita uma maior eficiência na relação interpessoal, sendo fundamental para o seu desempenho profissional assim como para o seu relacionamento social. Dentre eles, pode-se citar os jornalistas, professores, agentes comerciais, operadores de cal/ center, atores e cantores.
As alterações da voz são um problema mundial que atinge, principalmente, aqueles profissionais, que vêm adoecendo com frequência no seu ambiente de trabalho e deixando de ter uma qualidade de vida satisfatória.
Atualmente, existem poucas leis e propostas no Brasil que abrangem a saúde vocal. Todavia, com o aumento frequente dos casos de distúrbios vocais naqueles profissionais e a ênfase crescente na saúde do trabalhador, espera-se que um olhar diferenciado suscite formas de minimizá-los, redirecionando o alvo de ações para a prevenção.
Ao ficar ciente da falta de políticas públicas e do descaso com a saúde vocal desses profissionais, principalmente, com os professores, que estão sofrendo cada vez mais a síndrome de Burnout, apresentei o Projeto de Lei n° 134/2019, que institui tratamento aos professores da rede pública do Distrito Federal. O objetivo é que os professores tenham acompanhamento médico capaz de diagnosticar, orientar e tratar o transtorno.
Cuidar da voz é cuidar da nossa qualidade de vida, ter uma voz saudável é ter saúde. É notório que ações de promoção da saúde vocal geram resultados positivos, pois apontam alternativas que consideram as necessidades de uma técnica educativa baseada na interação, na demonstração de suas fragilidades e na conscientização daqueles profissionais como o principal responsável por sua voz, sensibilizando-o quanto ao autocuidado.
Quero aproveitar a oportunidade para parabenizar médicos, fonoaudiólogos e demais profissionais ligados a causa, que cumprem papeis de extrema relevância para que a fala seja cada vez mais saudável e a comunicação seja possível, permitindo desta forma a preservação do nosso principal meio de comunicação, que é a nossa voz.
Veja algumas fotos: