Uma proposta, de autoria do deputado distrital, Robério Negreiros (PSD), protocolada na Câmara Legislativa, obriga as empresas de adquirência a implantarem máquinas de cartão de crédito e débito, adaptadas para pessoas com deficiência visual, no âmbito do Distrito Federal. A proposição tem como objetivo resolver problemas de acessibilidade. Atualmente, a interface da máquina de cartão apresenta três problemas importantes para o deficiente visual: o usuário não consegue saber qual o valor será realmente debitado, vez que, não consegue ler o painel; as teclas não possuem código Braille; enquanto a senha é digitada, outras pessoas podem vê-la.
No Brasil existem aproximadamente 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual, sendo 582 mil cegas e 6 milhões com baixa visão, segundo dados do Censo 2010, feito pelo IBGE.
De acordo com o distrital, o número relevante de usuários que necessitam de outras formas de interações, que vão além do visual, implica em pesquisas e projetos de produtos e serviços capazes de garantir o uso sem restrições, universal.
“Com efeito, a acessibilidade deve garantir a realização de tarefas cotidianas, ou seja, diminuir dificuldades encontradas, permitindo a participação e a independência individual”, declarou Robério Negreiros.
Robério Negreiros ressaltou que, atualmente, é possível utilizar aplicativos, como o Pay Voice, por meio do qual o usuário com a câmara de seu celular, e com inteligência artificial, lê com voz computadorizada o valor da compra.
“O ideal é a adaptação das próprias máquinas, tendo em vista que nem todo deficiente visual tem habilidade com o uso de smartphone e de câmera”, frisou o parlamentar.
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